de, Renata Belmonte.
Um pequeno bilhete, a última fotografia: ela, já de costas para o mundo, esperando o trem que a levaria para a sua nova vida. Uma cama, um vestido, um livro: vestígios. Alguém que foge sem que se saiba o porquê. Ela: a Senhorita B. Construído com o corpo, o livro propõe uma busca sobre o verdadeiro sentido da palavra identidade. Como delimitar apenas com um combinado de letras a existência de cada ser? Sim, o nosso nome é a única coisa imutável que carregamos conosco, durante as nossas vidas. Mas como um singelo nome pode dar conta das múltiplas transformações que sofremos com o passar dos anos? Qual o limite existente entre o personagem e o autor durante o processo de escrita? Não é a literatura um meio de poder ser muitos outros? E por que precisamos dela, se não conseguimos pertencer sendo apenas um? O livro pode este ser lido tanto como uma novela quanto como um conjunto de contos. Também pode ser visto como um álbum de fotografias onde as legendas contam uma história através da poesia. E, sim, de certa forma, é um livro de memórias. Mas memórias de quem? Daquela que escreve, da que se diz personagem ou da que preferiu desertar no meio do caminho? Memórias reais ou inventadas? Ora, não importa. Porque qualquer memória é sempre verdadeira. Entre enredos, tempos e significados.Na Coleção Cartas Bahianas, os autores participantes representam uma turma de escritores do cenário baiano, muitos reconhecidos em blogs e prêmios literários, que ganharam espaço para publicação editorial. Nas páginas dos livros, que lembram o formato de um envelope, os temas retratados são livres e pessoais. Valem contos, prosas e poesias.
Páginas: 48
ISBN: 978-85-89655-38-5