de, Állex Leilla.
“O sol que a chuva apagou” é uma novela que traz um clima de diário de bordo ou de estrada, no clima sexo, drogas, delicadeza e rock´n roll, dialogando de longe, muito de longe, com On the road, de Jack Kerouac. Pode funcionar como fragmentos, anotações sobre a perda de um grande amor e o início de outro, pois foi elaborada a partir da voz de um personagem que está finalizando uma etapa de sua vida e iniciando outra. Thiago era professor, casado, morava na Inglaterra, mas de repente seu companheiro morre, ele então retorna ao Brasil e integra a banda do irmão mais velho, onde acaba se apaixonando por um dos músicos. O texto, então, tem esse ritmo de transição, são pequenos intervalos entre o eu e o mundo, como quando o externo nos joga pra dentro de nós mesmos e nossa interioridade, segundos depois, nos joga pra fora. No livro, os intervalos não mostram ao leitor se foram dias, semanas, horas ou segundos decorridos entre uma ação e outra. Em vez disso, trabalha-se com a perspectiva de se capturar esse tempo interno, singular, único. Assim, a história ensaia uma pergunta do começo ao fim: como se posicionar dentro de certas fases de transição em que vemos claramente que alguns ciclos de nossa vida estão se fechando e outros se abrem inesperadamente, como o sol depois da chuva? (Állex Leilla)Na Coleção Cartas Bahianas, os autores participantes representam a turma de novos escritores do cenário baiano, muitos reconhecidos em blogs e prêmios literários, que ganharam espaço para publicação editorial. Nas páginas dos livros, que lembram o formato de um envelope.
Páginas: 48
ISBN: 978-85-89655-37-8