de, Nilson Galvão.
“Ocidente” - 'Fico em mim, o ocidente/ me acha em mim. Saio de/ mim o ocidente lá fora me dá/ boa tarde. Vejo brilho em/ seus olhos eles brilham/ como cristais como furos na/ superfície da cápsula de/ matéria radioativa. Saio dali,/ de mim e dali, deixo de ser/ e estar e o ocidente me/ esquadrinha no espaço,/ minha nuvem sobre a terra/ inteira. Viro trovão, viro raios,/ torrentes e lama, lama,/ lama. O ocidente me chama./ Diz- você é um homem sobre/ todo este solo pisado re-/ pisado. Diz- você deve andar/ com os pés firmes do barro/ de si. Diz- escuta vai em/ frente sempre em. Olho/ em volta é uma cidade mil/ vezes desfeita o que/ vejo. No bolso uma carta/ para o guardião das/ palavras. Na carta o meu/ nome, ninguém e mais/ nada. Ele o ocidente/ clama que eu vá e me/ conceba. Penso em fundar/ uma tribo de nômades. Me/ apresso em fundar uma/ tribo de nômades.'Na Coleção Cartas Bahianas, os autores participantes representam uma turma de escritores do cenário baiano, muitos reconhecidos em blogs e prêmios literários, que ganharam espaço para publicação editorial. Nas páginas dos livros, que lembram o formato de um envelope, os temas retratados são livres e pessoais. Valem contos, prosas e poesias.
Páginas: 48
ISBN: 978-85-89655-88-0